Sem resposta.
Multidão nas ruas- simples assim; ou quase... ah- se não fosse o quase...!
Aproveitando a conjuntura se sentaram ambos os lados - (ou talvez até mais de dois...) e decidiram que poderiam usar o espaço urbano - independendo de parar tudo o mais, para falar tudo que estava preso na garganta desde não se sabe exatamente quando...
Agora que os estádios estão concluidos ( ou quase) para sediarem a copa do ano que vem, ficou aos olhos nús - o que se emprega de valores nessa caprichosa àrea de esportes chamada de mundo do futebol... que com certeza, não é só esporte, mas produção derivada em ene tipos de produtos de uso pessoal , utilitários domésticos ( os aparelhos de Tv mais desenvolvidos que possam ser consumidos para os que não poderão ir aos estádios, assistirem as transmissões , por exemplo... numa ligação que monopolizará pessoas ao redor do mundo), e bens de serviços individuais e sociais mais ligados a atendimentos emergenciais; alguns- na linha mais duradoura e estrutural, como reorganização urbana, para comportar a possivel entrada no país de enormes quantidades de turistas ainda não recebidos até então ... pelo menos não dessa demanda específica dos apaixonados, fanáticos por futebol... se tratando inclusive, de terminais de transporte desde aeroportos até bicicletários...
Construção histórica nada desprezível... mesmo que não seja unânime a percepção do seu significado como indutor de alguma convergencia social e política.
Afinal o que representam 40 , ou 70 mil pessoas num estádio torcendo por times que jogam futebol ?
De modo frequente e sistemático eles se encontram - na esteira de um jogo supostamente de inteligencia e de estrategia singulares... e discutem tudo - principalmente politica... pois muitos se elejem por manter sua presença a vista nesses jogos...
Se todos os governos se curvam em termos de aceitação de sua importancia - algo há nisso que ser melhor entendido... além de sua configuração econômica e esportiva , puramente...
Pode ser - que esteja ,de fato, ocorrendo algum novo consenso social
sobre o destino dos recursos a serem gerenciados pelo Estado e talvez,
não seja pouca coisa o que se viu no País hoje...
concentrando população em tamanha organização e simultaneidade -
que faz imaginar a possibilidade de superar a força institucional delegada -
em todos os sentidos- destaque para a ênfase pacífica predominante...
a ponto de fazer recuar a estratégia de combate da força militar armada
em comandos nas ruas pra deter ... por incrível que pareça -
a barbarie...!
Só a decisão de que não haveriam mais balas de borracha ...
( coisa comum nas contendas no oriente médio por exemplo...)-
resultou um avanço diplomático sem prescedentes na história...
Outro dia - em uma pequena reunião de pequeno grupo de fomento a economia solidária em Novo Hamburgo , uma liderança bastante jovem pediu em dinâmica de finalização - para se ouvir e embalar
a mente e o coração com a musica de Gonzaguinha, saudoso artista a quem pudemos assitir em muitas ocasiões nos idos anos de abertura e luta pelas Diretas no país em shows de muita tensão , em Curitiba, a canção-"Vamos a luta"... :-"EU ACREDITO É NA RAPAZIADA, QUE VAI EM FRENTE E SEGURA O ROJÃO..." DIZ UM TRECHO DA LETRA...
Por um lado uma triste e espantosa denuncia do vazio
da operância contemporânea da ala musical- no sentido do bem comum;
por outro - uma espécie de pedido de voto de confiança na juventude do país
quem afinal, tem estado bem ou mal- na rua , nas filas de todos os tipos, inaugurando em suas vidas a consciencia de que sem desejarmos um outro mundo , não haverá outro mundo possível...
Para amanhã - com certeza , uma nova e prudente , ou pelo menos mais ciente da existencia
de um povo ,
novas e fortes decisões poderão ser tomadas...
Mas não podemos nos iludir de que as forças frias do cálculo e do lucro poderão abrir mão de qualquer margem de riqueza para a construção desse novo mundo...
Mesmo com a estranha e consecutiva forma de defender-se
atras de grades
do jardim às portas e janelas
em amplo , total e irrestrito
adiamento
de medidas de justiça social...
Mas a história continua...
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