terça-feira, 3 de julho de 2012

Sede de Justiça- de que vale o amor?"


Foto de Fatima Abrão em frente a Catedral Metropolitana de Curitiba-em setembro de 2011-(de celular)





"Amar, no sentido profundo da palavra,
é ser leal,
probo, consciencioso em fazer aos outros
o que se quer que  façam a si mesmo.
É buscar em tôrno de si o sentido íntimo
das dores que acabrunham os vossos semelhantes
para lhes levar um consôlo.
É contemplar a grande familia humana como sua ...
pois encontrareis essa família noutro período, em mundos mais adiantados, sendo os espíritos que a compõem
filhos de Deus,
como vós,
predestinados a se elevarem ao infinito.
Por isso é que não deveis recusar aos vossos irmãos o que Deus vos outorgou liberalmente, pois ,
do vosso lado, ficaríeis muito satisfeitos se eles
vos dessem aquilo 
de que tivesseis necessidade.
Dai a todos os sofredores uma palavra 
de esperança e auxílio...
a fim de serdes todo amor , todo justiça...
crede que a sábia 
sentença: AMAI MUITO PARA SERDES AMADO -
há de percorrer o seu destino, revolucionando e vencendo  a sua estrada fixa e invariavel..."


Lendo esse pequeno trecho num exemplar do Evangelho segundo o espiritismo que ganhei de minha falecida mana Malu, em dezembro de 1983,no ano em que nosso pai  falecera...no mes de agosto, no dia dos pais, num lindo domingo... no ritual muçulmano - carregado por seu amigos da colonia àrabe de Curitiba, que cantavam  alto e vigorosamente orações e assertivas de que Alá é o único Deus, 
...como ia dizendo lendo esse trecho desse livro que minha mana me presenteara, no final daquele doloroso ano, pensei que isso refletia um pouco o sentimento que a gente tem quando fica só no mundo- assim literalmente como alguem ficou , fica, ou ficará - inevitavelmente na vida um dia- sem pai , nem mãe...
...um sentimento de que aquela proteção toda ...se dissolve como um alkasselcer (!?) ou um sonrrisal... num copo de água... acaba tudo. Agora é eu, e eu.Nem mais, nem menos...E acaba mesmo. Acaba de acabar - aquela possibilidade de dizer - :"- ah! È?! espera aí, vou contar pro meu pai!" E seja lá o  porque for o outro já se sinta intimidado...E recue- tire as botas do teu pescoço...



E ele vai lá querer se meter com o poderoso do meu pai?
Pois é. 
Mas , acaba isso. A justiça, essa aí termina. Agora , daqui pra frente tenho que dar conta de mim.Enfrentar a vida; o mundo; dar conta das injustiças:... elas acontecerão ...acontecem pra todo mundo e esparramam lá em mim tambem...são ecológicas...vem por contaminação ambiental!


Mas esse trecho do livro, do evangelho de Jesus , de amar, e tal e coisa, a gente sente -sede- dessa gloriosa senssassão de 
justiça... de sentir-se ali tratado tão bem 
quanto trata os outros... (ou acha que está tratando...) mas no fundo paira um confuso mar de desacertos 
que não soubemos resolver e foram ficando injustas pressões e tornaram-se quase guerras geladas das monções, congelaram-se na passagem de uma estação a outra...
até que -nem verão , nem inverno,nenhuma mais pode clarear esse ceu que nem se quer mais por cenário ...
o mais sedento dos injustiçados, se sente bem - é na total escuridão dos buracos negros...Talvez um dia- dali, nasça outro lindo e fabuloso planeta, maior e mais justo do que todos os outros que existiram até então...   

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