quinta-feira, 26 de julho de 2012

pensar mais que nada...: Vento Negro- algo que se aprende a cantar

pensar mais que nada...: Vento Negro- algo que se aprende a cantar: VENTO NEGRO - algo que se aprende a cantar. Logo  que cheguei em Novo Hamburgo, algumas pessoas se encarregaram de fazer as cerimônias do...

pensar mais que nada...: Vento Negro- algo que se aprende a cantar

pensar mais que nada...: Vento Negro- algo que se aprende a cantar: VENTO NEGRO - algo que se aprende a cantar. Logo  que cheguei em Novo Hamburgo, algumas pessoas se encarregaram de fazer as cerimônias do...

Medidas-







Todos estavam satisfeitos com a irmãzinha...:-

" um xuxuzinho... uma boquinha graciosa, olhos verdes  luminosos, bochechas rosadas , pele de pêssego"... 
Ah! um amor de criança...
Època em que as revistas- Manchete e O Cruzeiro eram as grandes  fontes de informação popular- ; lá as fotos, as vezes vinham nas páginas inteiras -de lado a lado - uma beleza!
Tudo contado- tudo; tintim por tintim!
As coisas da política, dos esportes, do carnaval , ah- e na última página estava lá o Amigo da Onça- Estanislau Ponte Preta- com seu desenho e humor primorosos...
Bem mas e a pequena? Ah ,pois é- é  que as reportagens mais esperadas do ano - eram as dos concursos de beleza- quando enfim iam ser vistas as pernas mais bonitas do Brasil! Os rostos mais lindos! As mulheres mais lindas do País... as mais perfeitas... Tanto de busto, tanto de quadril, tanto de altura, tanto disso, tanto daquilo...Medidas perfeitas...
A mais festejada estava sendo Ieda Maria Vargas.
Um espetáculo ! Linda demais...
Muito bem - estava decidido - a maninha ia ser miss Brasil quando crescesse!Não precisava fazer nada - só ser o que já era- lindinha...
Mas os anos passaram.
E a maninha bonitinha  não cresceu...! 
Como assim? Ela puxou ao pai que era pequeno -
media um metro e meio - e ela não passaria de um metro e cinquenta e cinco de altura...!
Não poderia jamais se inscrever num concurso de beleza - antes que  por qualquer outra medida- a começar por essa...  E então? E agora? Não havia plano B; casar? Ah é!
Também poderia...Dependia de encontrar
uma pessoa à altura...
Mas o tempo passou e acabou que - ficou caduca a questão da exigência e - bom - melhor não impor condições- não  fazer medidas...como ponto de partida...nem de duração , nem de finalização...
Quem poderia estabelecer há 50 anos atrás,
que as misses de hoje - viriam siliconadas, "corrigidas" nas suas medidas de origem por especialistas
que vieram ao mundo para fazê-las " Miss"?! Mas não é um ...progresso isso? Veja só...!
Na contramão dessas Medidas, vamos indo e vivendo e repondo a pau e corda a vento e proa rumo mar adentro em viajens ferozes - tentando mostrar quem somos- coração, sensibilidade, visão, audição, sono, cansaço, solidão, vigília, contemplação, realizações, solidariedade, espírito incansável de luta por um dia melhor ...e até um mundo melhor, quem sabe... numas de planos C, D, E, etc...Imagina se as nossas medidas tivessem crescido e se enquadrado no plano único e singelo da beleza... que confortável poderia ter sido ...( será?!)Enganosas essas medidas...?

Vento Negro- algo que se aprende a cantar



VENTO NEGRO - algo que se aprende a cantar.


Logo  que cheguei em Novo Hamburgo, algumas pessoas se encarregaram de fazer as cerimônias do reino e entre as tantas - me convidaram para um time de volei na zona rural aos sábados; nossa nova chefia era afixionada do esporte e para nós tava tudo certo... sábados pela manhã estavamos a postos para defender o pedaço do time...Bons tempos...
E outros, se encarregaram de nos ensinar como curtir o porongo em formato já de cuia, para poder ter preparado meu kit de chimarrão exigência sem discussão para qualquer visita - afinal - nada mais precisa para um amigo gaucho -que uma cuia bem arrumada e uma garrafa térmica ou chaleira para conversar e beber seu chimarrão...
Os tipos de erva- se da grossa, se da fina, com chás, sem chás...açucar nem pensar!Coisa de tererê de matogrossense...outro povo...que nem quente não toma- toma frio!Deus o livre!
Muito bem - e as canções regionalistas? Conhece?
Me perguntaram... E eu timidamente, respondi- :"Sim- Teixeirinha, Pedro Raimundo..." E vendo que eu na verdade, não conhecia , praticamente nada, me apresentaram devagar uma canção aqui, outra ali...
Uma delas, que me marca muito, e nem sei dizer - pois é no coração- e ali tem dor e tem sabedoria , e tem coisas que não se pode contornar...sem estar perdendo os sentidos...então fui procurar e encontrei
-vou transcrever pra quem puder apreciar...


VENTO NEGRO (Kleiton e Kleidir)


Vento Negro gente eu sou
Onde a terra terminar
Vento negro eu sou


Quem me ouve vai contar
Quero luta 
guerra não
erguer bandeira sem matar
Vento negro é furacão


Tua vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro campo afora
Vai correr
Quem vai embora 
tem que saber 
´e viração!


Dos montes, vales que venci
No coração da mata virgem
meu canto eu sei 
há de se ouvir
em todo o meu país


Não creio em paz
sem divisão
De tanto amor que eu espalhei
Em cada céu em cada chão
Minha alma lá deixei.




Dos vaticínios da poesia, a alma vibrante se curva
pensando ou não , está dado que o vento - negro,
eu o sou e com alma e amor assim cantei...entendendo
ou não porque cantei...


                         
Plátano  fotografado em celular por Fatima Abrão- 2012.
em frente a Horta Comunitária Joana d'Angelis
no Bairro Rondônia em Novo Hamburgo ...


sábado, 21 de julho de 2012

pensar mais que nada...: Pra que lado o vento sopra,?

pensar mais que nada...: Pra que lado o vento sopra,?: PRA QUE LADO O VENTO SOPRA? Num espesso rumo de frio ventando poderia sair,  ficar ou pensar em ir e em ficar o que poderia dar no mes...

Pra que lado o vento sopra,?



PRA QUE LADO O VENTO SOPRA?


Num espesso rumo de frio ventando
poderia sair,  ficar
ou pensar em ir e em ficar
o que poderia dar no mesmo.
Não : com uma boa vantagem -de não sofrer , o frio dói.
O vento se mete em coisa e pessoa adentro
tão rápido que nem dá para pensar em nada.
Pode ser que seja esse o tal "frio da alma" 
dos tais grandes clássicos da literatura
onde aparecem os personagens intrépidos,
calejados, com as couraças formadas
nas caminhadas ao vento
das estradas 
sem fim...
Não sei não; mudou o vento?
Não sei , parece que vento não muda; nem sei se ...
bem - acho que o rumo do vento ... pode até mudar...
quem sabe...Caso de observar
e com muita calma...!
Melhor não se deixar enganar com isso :
de rumos dos ventos...!
Sim - e o vento frio ainda mais; não dá prá esquecer que está existindo um pouco de abrigo
e alguma coberta quentinha de onde
se aquecer e tentar deixar
que ao menos o pensamento
ande, seja lá que frio esteja o vento soprando
e seja lá no rumo que for...
Sem querer segurar o vento nas mãos e pensar em 
poder considerá-lo será um pouco 
de coragem se ele tem sua força  quero 
tambem poder sobreviver com seu favor
mas protegidamente 
ainda que por um pequeno trabalho de tricot! 

pensar mais que nada...: A Arteterapia - nossa desses tempos posmodernos

pensar mais que nada...: A Arteterapia - nossa desses tempos posmodernos: Escolas pontuais tem se ocupado com a ideia da arte num enfoque terapêutico. Alguns críticos observam que seria melhor encarar a arte com s...

pensar mais que nada...: A Arteterapia - nossa desses tempos posmodernos

pensar mais que nada...: A Arteterapia - nossa desses tempos posmodernos: Escolas pontuais tem se ocupado com a ideia da arte num enfoque terapêutico. Alguns críticos observam que seria melhor encarar a arte com s...

A Arteterapia - nossa desses tempos posmodernos

Escolas pontuais tem se ocupado com a ideia da arte num enfoque terapêutico.
Alguns críticos observam que seria melhor encarar a arte com sua integral configuração de origem - 
como se a alguem- em particular, coubesse na história delimitar esse espaço de sentido- num  esforço estranho de assepsia entre outras coisas.
Não tenho elementos acadêmicos para tratar a questão mais profundamente mas gostaria de pelo menos fazer algumas contribuições , fruto de trabalho com necessidades de superar e aprender a explorar  dificuldades e recursos próprios que foram sendo conhecidos em sí , num processo decidido de desenvolvimento  artístico, como na convivência com outros artezãos e artistas nas associações de diversos lugares do pais de modo geral; - ou no trabalho educativo com crianças e adolescentes ; ou ainda nas oficinas específicas com educadores e interessados em arte... 
Em primeiro lugar uma estranha , interna , saborosa alegria acompanha o  trabalho que se desenrola nessa área - esteja implicada nas visuais , sonoras, cênicas ou cinematográficas...
Sem essa "chama" que arde no indivíduo 
que se envolve no trabalho artístico,
não se atinge a obra seja qual for, pois ela é exigente-
pode ficar inconclusa, esquisita, desconforme o plano... 
o que não precisa ser  o fim; mas para se eregir o desconstructo- necessita-se saber o caminho do constructo...(!?)
A atualidade cada vez maior das reciclagens , da sustentabilidade, da ação ecológicamente correta
tambem vivifica a ação artística e faz com que ali
não sejam só criados mas tambem recriados produtos e saberes por redimencionamentos quase de consequencia natural - pois a transformação de origem material implica agora na recriação de possibilidades quase em extinção para as gerações futuras...e isso não se discutia anteontem...na mesa dos artistas de então...
Crises que vem tambem a galope dos modos de criar e recriar o mundo nosso de todo dia, vão sim fazer diferentes abordagens nas ciencias e nas artes...
Vamos precisar  fazer ciencia, com consciencia, mas tambem com arte, muitas vezes com criatividade , outras tantas com originalidade , muitas pela generosidade-
ao possibilitar a simples expressão da dor 
de um cidadão que sofre um impasse intraduzível
em palavras mas que pode- ao ser orientado por um arteteraputa, manifestar-se num espaço propício-
de recursos materiais, sonoros e coletivos -chegando assim no mínimo:a um alívio de sua tensão e até mesmo- comunicando aos demais uma  identificação de seus limites de mesma origem...
Pode-se ainda imaginar - o que signifique para alguem, qualquer momento de expressão quando nem identidade  chega a ter em sua familia, no meio social de circulação cotidiana; a negação das relações é mais comum do que se imagina e o resgate dessa simples identidade pessoal, é uma força impulsionadora, regeneradora, mais que isso - direito de cada um.
Dignidade humana.
Sermos vistos como alguem.
Nem mais , nem menos.
Recuperar  isso- das guerras internas de familia, do ambiente de trabalho enfim, passa por tratamento de ordem psicológica, filosófica , ideológica, política inclusive... inegáveis... mas não descuro de que na Arterapia seja possivel ver angulos que acessados mais rapidamante - mais celeremnte- tambem benefiam o que sofre.
No entanto, a formação de profissionais dessa area está empobrecida.
Poucos interessados; poucos investimentos.
Quero muito voltar a esse assunto com mais vigor em outros momentos.

pensar mais que nada...: A força das imagens

pensar mais que nada...: A força das imagens: A FORÇA  DAS  IMAGENS Sim. Junho se foi.  Julho , tambem se esvaindo... Mas ainda dá tempo de lembrar que em 27 do mes passado minha ...

A força das imagens



A FORÇA  DAS  IMAGENS


Sim. Junho se foi. 
Julho , tambem se esvaindo...
Mas ainda dá tempo de lembrar que em 27 do mes passado minha mãe que está ali no porta retratos faria aniversário.
E  esse galhinho, com uma rosa real, perfumada,
do quintal daqui de casa, plantada pela mãe de seu Helcio, foi colhida e arrumada simplesmente 
simbolizando uma singela homenagem 
pelo aniversário, pela saudade, por gratidão.
Sentadinho na beirada , está um menino com uma jardineira azul- peça em madeira - de um artezão 
de meia idade de origem germânica.
Como um Gepeto - me emocionou ;até porque- convivendo pouco com meu filho- por injunções estranhas, pareceu que poderia ter sua obra aí- a representa-lo; meus queridos:  mãe e seu neto- bem à minha vista...nessa prateleira à frente da  mesa do computador onde trabalho todos os dias...Criação de artezão dessas safras 
que estão em extinção:- daqui de Hamburgo Velho .
Explicado o contexto , feito o texto - conheci uma personagem entre tantas que quando sentia que era hora de tomar a " palavra " - saia correndo- fugia depressa...Medo? 
Ah! Pânico com certeza! Mas a questão é que fugia e continuou fugindo até hoje!
Quando viu que deveria dizer alguma coisa
aos senhores catedráticos da senhora Filosofia- desconversou ; saiu por aqui, escorregou por ali; 
quando foram ver- estava chorando ,convulsivamente, 
num banheiro da  instituição!
Em crise... de pânico! Como enfrentar todo mundo e 
dizer o que, de fato, precisaria ser dito?
E o que precisaria ser dito ?
Era mesmo tão importante? Será?
Precisava toda aquele crise? O Pânico com "pê" maíusculo ? Ah, pois é. 
Observando atentamente a defesa de Tese em Merlui Ponty, de uma colega de Curso, chegou a conclusão que sim- melhor demonstrar desenhando do que falando, dizendo - usando as palavras...para explicar uma ideia...
E mais- analisando o perfil bem sucedido da pessoa- concluiu facilmente que usara caminhos menos acidentados que os dos conflitos de ideias, dos enigmas de sentido, ou das dubiedades das palavras...
Deixando para as imagens sua força comunicativa
e ao mesmo tempo aos contempladores
as conclusões pela força de sua percepção,
entendimento e sensibilidade subjetivos...
em vista da multiplicidade de conclusões possíveis , 
ficava isenta de ser obrigada a passar pelo pânico 
de dizer o que era esperado
que deveria ser dito...
por ela.... e aí, quem sabe-
não precisasse fugir mais,
tão depressa, nem tanto...!!
Santa ingenuidade.
O tempo passou e tudo o mais dentro
do movimento do tempo...
As configurações com que foi se deparando
começaram a fazer água... de novo - :"Homem ao mar"!
Decididamente- nem só do desenhado vive o homem; nem só do escriturado...
Arre, e então?
E agora...?

terça-feira, 3 de julho de 2012

A força das palavras



A força das palavras  faz com que se tornem famosos muitos palestrantes profissionais  que chegam a ter por missão recuperar e acentuar a força das palavras para os desavisados e sofridos , por isso mesmo - esquecidos que estão da feliz força das palavras.


Porque não se pensa apenas o sentido positivo, vibrante, construtivo, saudável da vida ao inves de fixar idéias de doenças, de negatividades, destrutividades, dando força ao que não deve?
Motivos suficientes para estar nas primeiras fileiras desses seres iluminados - cobrem lá o que cobrarem!
Pois afinal- recuperar o verdadeiro sentido das palavras com a força feliz é uma fortuna incalculável e pode tornar talvez até um povo inteiro mais feliz.
Estamos em algum lugar com conhecimentos sistemáticos sobre o que significa a um povo como o japones por exemplo e dentre eles - o segmento que cultiva as palavras rituais de gratidão, de  repetitiva louvação como no ritual da Seicho-no-ie...E em cuja explicação doutrinária se estendem as positivações para tudo- palavras tem força- cuidado com a força das palavras; é bom... para atrair coisas boas, para evitar coisas ruins.


Ahá! Eis aí o mantra da virada de tudo- palavras com força tal que podem alterar a vida da pessoa, das pessoas, da sociedade, do país, do mundo?
Quem sabe...Quem sabe...!


A Filosofia da Linguagem tem em sua história a figura do filósofo Wittgenstein 
como um pensador que veio
junto a alguns outros autores contemporâneos 
fazendo vários estudos que trocando
muito ligeiramente em miúdos, 
resume nossa vida a jogos de linguagem...Um dia desses vamos tentar pensar com esse autor...


Vá saber se uma boa Ave Maria rezada fervorosamente
não chegará aos ouvidos de Nossa Senhora?
E se por acaso um sonido de pouca variação melódica e de
sonoridade grave de um bom monge tibetano
não será a cura de meu pâncreas só de vibrar ao cantar...?
E o adorável som de repetidas vezes em que meu pai dizia Alah uhaqbath -
lendo e recitando e cantado seus versos corânicos ( desde sua infancia) - não limpem o ar em volta?
E quando se canta que - "meus inimigos tenham pernas e não me alcancem..., tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam, salve Jorge, Salve, Jorge,...?


Pois é - o que precisamos aprender e ensinar sobre a força das palavras...? Onde  começar? Por onde?
Não há uma única fórmula , uma única escola, um único padrão, a não ser o estágio provável da sensibilidade de cada um e ai que dor ... perder ou ganhar nos jogos de linguagem...não é questão de força? Pra que então inventaram a palavra? Seu sentido é tão pouco... desdenha-se tão rápido... melhor dançar o sentimento, tocá-lo, cantá-lo ...mas a palavra mesma... e sua força, aiaiai!



pensar mais que nada...: Sede de Justiça- de que vale o amor?"

pensar mais que nada...: Sede de Justiça- de que vale o amor?": Foto de Fatima Abrão em frente a Catedral Metropolitana de Curitiba-em setembro de 2011-(de celular) "Amar, no sentido profundo da palavra...

Sede de Justiça- de que vale o amor?"


Foto de Fatima Abrão em frente a Catedral Metropolitana de Curitiba-em setembro de 2011-(de celular)





"Amar, no sentido profundo da palavra,
é ser leal,
probo, consciencioso em fazer aos outros
o que se quer que  façam a si mesmo.
É buscar em tôrno de si o sentido íntimo
das dores que acabrunham os vossos semelhantes
para lhes levar um consôlo.
É contemplar a grande familia humana como sua ...
pois encontrareis essa família noutro período, em mundos mais adiantados, sendo os espíritos que a compõem
filhos de Deus,
como vós,
predestinados a se elevarem ao infinito.
Por isso é que não deveis recusar aos vossos irmãos o que Deus vos outorgou liberalmente, pois ,
do vosso lado, ficaríeis muito satisfeitos se eles
vos dessem aquilo 
de que tivesseis necessidade.
Dai a todos os sofredores uma palavra 
de esperança e auxílio...
a fim de serdes todo amor , todo justiça...
crede que a sábia 
sentença: AMAI MUITO PARA SERDES AMADO -
há de percorrer o seu destino, revolucionando e vencendo  a sua estrada fixa e invariavel..."


Lendo esse pequeno trecho num exemplar do Evangelho segundo o espiritismo que ganhei de minha falecida mana Malu, em dezembro de 1983,no ano em que nosso pai  falecera...no mes de agosto, no dia dos pais, num lindo domingo... no ritual muçulmano - carregado por seu amigos da colonia àrabe de Curitiba, que cantavam  alto e vigorosamente orações e assertivas de que Alá é o único Deus, 
...como ia dizendo lendo esse trecho desse livro que minha mana me presenteara, no final daquele doloroso ano, pensei que isso refletia um pouco o sentimento que a gente tem quando fica só no mundo- assim literalmente como alguem ficou , fica, ou ficará - inevitavelmente na vida um dia- sem pai , nem mãe...
...um sentimento de que aquela proteção toda ...se dissolve como um alkasselcer (!?) ou um sonrrisal... num copo de água... acaba tudo. Agora é eu, e eu.Nem mais, nem menos...E acaba mesmo. Acaba de acabar - aquela possibilidade de dizer - :"- ah! È?! espera aí, vou contar pro meu pai!" E seja lá o  porque for o outro já se sinta intimidado...E recue- tire as botas do teu pescoço...



E ele vai lá querer se meter com o poderoso do meu pai?
Pois é. 
Mas , acaba isso. A justiça, essa aí termina. Agora , daqui pra frente tenho que dar conta de mim.Enfrentar a vida; o mundo; dar conta das injustiças:... elas acontecerão ...acontecem pra todo mundo e esparramam lá em mim tambem...são ecológicas...vem por contaminação ambiental!


Mas esse trecho do livro, do evangelho de Jesus , de amar, e tal e coisa, a gente sente -sede- dessa gloriosa senssassão de 
justiça... de sentir-se ali tratado tão bem 
quanto trata os outros... (ou acha que está tratando...) mas no fundo paira um confuso mar de desacertos 
que não soubemos resolver e foram ficando injustas pressões e tornaram-se quase guerras geladas das monções, congelaram-se na passagem de uma estação a outra...
até que -nem verão , nem inverno,nenhuma mais pode clarear esse ceu que nem se quer mais por cenário ...
o mais sedento dos injustiçados, se sente bem - é na total escuridão dos buracos negros...Talvez um dia- dali, nasça outro lindo e fabuloso planeta, maior e mais justo do que todos os outros que existiram até então...