quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vento Negro- algo que se aprende a cantar



VENTO NEGRO - algo que se aprende a cantar.


Logo  que cheguei em Novo Hamburgo, algumas pessoas se encarregaram de fazer as cerimônias do reino e entre as tantas - me convidaram para um time de volei na zona rural aos sábados; nossa nova chefia era afixionada do esporte e para nós tava tudo certo... sábados pela manhã estavamos a postos para defender o pedaço do time...Bons tempos...
E outros, se encarregaram de nos ensinar como curtir o porongo em formato já de cuia, para poder ter preparado meu kit de chimarrão exigência sem discussão para qualquer visita - afinal - nada mais precisa para um amigo gaucho -que uma cuia bem arrumada e uma garrafa térmica ou chaleira para conversar e beber seu chimarrão...
Os tipos de erva- se da grossa, se da fina, com chás, sem chás...açucar nem pensar!Coisa de tererê de matogrossense...outro povo...que nem quente não toma- toma frio!Deus o livre!
Muito bem - e as canções regionalistas? Conhece?
Me perguntaram... E eu timidamente, respondi- :"Sim- Teixeirinha, Pedro Raimundo..." E vendo que eu na verdade, não conhecia , praticamente nada, me apresentaram devagar uma canção aqui, outra ali...
Uma delas, que me marca muito, e nem sei dizer - pois é no coração- e ali tem dor e tem sabedoria , e tem coisas que não se pode contornar...sem estar perdendo os sentidos...então fui procurar e encontrei
-vou transcrever pra quem puder apreciar...


VENTO NEGRO (Kleiton e Kleidir)


Vento Negro gente eu sou
Onde a terra terminar
Vento negro eu sou


Quem me ouve vai contar
Quero luta 
guerra não
erguer bandeira sem matar
Vento negro é furacão


Tua vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão
Vento negro campo afora
Vai correr
Quem vai embora 
tem que saber 
´e viração!


Dos montes, vales que venci
No coração da mata virgem
meu canto eu sei 
há de se ouvir
em todo o meu país


Não creio em paz
sem divisão
De tanto amor que eu espalhei
Em cada céu em cada chão
Minha alma lá deixei.




Dos vaticínios da poesia, a alma vibrante se curva
pensando ou não , está dado que o vento - negro,
eu o sou e com alma e amor assim cantei...entendendo
ou não porque cantei...


                         
Plátano  fotografado em celular por Fatima Abrão- 2012.
em frente a Horta Comunitária Joana d'Angelis
no Bairro Rondônia em Novo Hamburgo ...


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