terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Herman Hesse ainda ecoa...






HERMAN  HESSE AINDA  ECOA...




Foto do Mercado Público de Porto Alegre -(Celular) Fatima.


Ele faleceu de derrame cerebral aos 85 anos em 1962. 
Um dos escritores alemães mais lidos no mundo, traduzido em mais de 60 idiomas mais de 150 milhões de exemplares editados entre contos, poesias , romances. 
Pintor, especialmente de aquarelas. 








No ano passado segundo o Consulado da Alemanha em Portugal, comemorou-se 50 anos da morte de Herman Hesse. 

Com origem em familia de pais cultos- seu pai foi missionário  cristão protestante na India , ele recebeu boa educação; em boas escolas embora o objetivo fosse encaminhá-lo na vida como pastor e ele  recusasse a opção de seminário religioso registrando-se uma passagem não muito bem explicada de uma tentativa de suicidio aos 15 anos e constantes fugas das escolas... 

Pelo que se lê, aos treze anos já decidira que seria poeta ou nada mais. Seu crescimento vai levá-lo a estágios entre culturas asiáticas e sem desligar-se do movimento cultural de seu nicho europeu  vai relacionar-se com a ciencia psicanalítica de Freud e de Jung tornando-se um sério estudioso e contribuidor. 
Se alista na guerra de 14 mas é recusado por problema de visão; fica a serviço no entanto em Berna , como voluntário, aos prisioneiros de guerra.

 Em sua primeira aventura matrimonial teve filhos mas sai ao mundo por sentir-se chamado a andar.Segundo relatos sua busca era incompatível com o sedentarismo. Estava nos anos iniciais da primeira década dos novecentos quando publica "Peter Camezind"seu primeiro sucesso; ele passa a poder viver da literatura- ganha sua independencia financeira.
Mas abandona casa , mulher e filhos e vai  para o SriLanka- onde escreve sua obra famosa - Sidarta.

Como um exemplo de pensamento interessante em que sua ética naturalista, fez adeptos no mundo inteiro entre o movimento hipie; sua  campanha contra o nazismo, sua acolhida a perseguidos famosos como o grande escritor de todos os tempos:
Thomas Mann e o dramaturgo  Bertold Brecht,
 marcam sua história .

Uma gama de obras permeadas de suas aquarelas e reflexões politicas filosóficas estão ali para serem descobertas por nós...:
   - O jogo das contas de vidro... seria o último de seus livros..
Se casa mais duas vezes. Mas sua terceira esposa - a historiadora Ninon Dolbin será a companheira enfim; casam em 193l e vivem juntos até a morte do escritor em 62. 

Nem sempre festejado, mesmo assim  conta-se que no mundo Hippie fora cultuado  ;
- Demian, um livro autobiográfico, em que ele assina sob o pseudônimo de Emil Sinclair... é considerada uma obra prima da literatura nos dias de hoje.

- O lobo da estepe...
- Narciso...
- Goldmund...
- Caminhada...

Li que as cartas que ele trocava com Thomas Mann  e que  estão em Portugal no Museu existente para ele   são quantidade enorme!

Que era comum receber muita correspondencia de escritores ou de leitores , estudantes universitários comuns e que fazia questão de a todos responder de punho - ocorrendo de chegarem a mais de cem páginas ao dia...! 

Sua reclusão e necessidade de solidão não é dificil de entender...
Só talvez - complicado de compreender como é possível
 durante o tempo todo -suportar...!

Em 1946, ganha um premio Goethe;
 no mesmo ano 
 o Premio Nobel de literatura... 
Gunnar Decker é seu biógrafo; é hoje considerado um dos autores mais lidos no mundo. 

Nasceu próximo a Stutgart - em Calw, a 2 de julho de 1877. 


Particularmente , me apaixona seu modo de escrever e descrever a vida... e seu tempo.

Considerado idealista pelos analistas, ainda vejo um caldo grosso de revolução esquecido no fundo desse caldeirão do Hesse!

Sinto que é preciso ainda lê-lo.

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