domingo, 3 de junho de 2012

Giordano Bruno um retrato imaginário















Estudo em guache e aquarela sobre papel mataborrão- por  Fatima Abrão - 1996-
                                                    
Estudo feito em guache , aquarela sobre papel mataborrão, Curitiba, 1996, das páginas do livro de La Porta, com uma... no mínimo estranha referência:
...-"Giordano Bruno, dal suo immaginario, per opera di Nino La Barbera (il dipinto é stato realizzato seguendo le descrezioni de Bruno fatte da Shakespeare in Pene d'amor perdute...)" Morri e revivi, procurando essa obra de Shakepeare e a tal descrição de Bruno e nada...até hoje...


Ernesto Frederico Scheffel , grande artista gaucho
com história paralela em Florença,
grande tambem por ser o melhor restaurador de Rubens (!!)  presenteou-me essa obra de La Porta - "Giordano Bruno", numa belíssima brochura, encadernada em tecido, versão original em italiano, com ilustrações a bico de pena , e todos os requintes de um presente inesquecível,
num momento igualmente memorável!
Trazido da Italia, num verão de 1993-94 ,vindo de lá... como todos os anos costumou fazer , já que tem aqui em Hamburgo Velho sua Fundação com cerca de 300 obras fazendo então, temporadas  quando o inverno é muito forte na europa...
Gabriele La Porta seria um crítico literário que tem nessa obra a intensão de biografar Giordano sem deixar de lado o romanceado- coisa de estilo, que ele mesmo confessa, tornando fascinante o trabalho todo mas, deixando-nos reticentes quando se trata de pesquisa propriamente historiográfica...
A obra foi editada em Roma, no ano de 1988.




Bruno- poeta-


"De l'amore-
amor, per cui tant'altro il ver discerno,
ch'apre le porte di diamante e nere,
per gli occhi entra il mio nume, e per vedere
nasce, vive,si nutre, ha regno eterno.


Fa scorger quant'ha il ciel , terra ed inferno
fa presenti d'assenti effigie vere,
ripiglia forze, e trando dritto fere,
e impiaga sempre il cor ,scopre il interno


O dunque , volgo vile , al vero attendi
porgi l'orecchio al mio dir non fallace,
apri, apri, se puoi, gli occhi, insano e bieco!


Fanciullo il credi, perché poco intendi;
per che  ratto ti cangi, ei par fugace;
per esser orbo tu, li chiami cieco!"

....Mais uns tantos versos aí vão... fico a devê-los!


Tudo em Bruno me toca profundamente , sua memória aguçada, vontade de saber, concentração no conhecer, argutos argumentos...brilhantes discursos...e o período incrível em que surge para o mundo quando seria fatalmente alvo de sombrias aproximações...não bastasse estar aquele momento histórico- dogmáticamente , radicalmente, convictamente certo- de estar fazendo uma limpeza santa nas mentes espúrias e suas influencias...maléficas para o futuro da humanidade!

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