sábado, 12 de maio de 2012

CAMINHOS DAS MÃES...

AddThis - Share Button, Social Bookmark, Sharing Plugins and Analytics




  Estudo de figura humana - realizado em 2010, de modelo vivo por Fatima Abrão




 Caminhos das mães...
Fazemos nossas postagens desde fevereiro de 2012. Encontramos com muita satisfação esse espaço e precisamos dizer que realizamos um sonho de pensar mais que nada...num esforço de ruminar as tantas referencias de que temos nos alimentado modestamente ao longo da vida, cuja sorte torna as vezes limitadas e superficiais outras , surgem como elaborações inéditas de cunho variado- um , poético; outro uma crônica; se é que se possa identificar um estilo... mas digamos que nos aproximamos mais da crônica de época, dessa em que vivemos e em que vemos viverem os nossos mais próximos- amigos , familiares, vizinhos, pessoas , lugares relações, história da arte, artistas, filósofos, gente que nem a gente, bem comum, mas que quer ser artista, quer ser pensador de  tudo que vê e ouve, quer mais é ser mais do que é... mais assim que nada!Num tributo ligeiro , faço pausa para render graças a minha falecida mãe Regina , de origem polonesa de Cracóvia, do clã dos Ribatski, que no Brasil, se instalaram pelo final do século dezenove (mais ou menos 1890- meus avós teriam vindo para uma cidade do interior do Paraná), cuja energia inesgotável nos colocou a porta da biblioteca pública de nossa cidade, e nos levou a todos os acontecimentos culturais marcantes para nossa formação em todos os sentidos: popular , erudito, multicultural e étnico.Para ela, estudar sempre, ler muito ( tudo), localizar-se no espaço geopolítico, aprender e desenvolver habilidades artísticas para tornar-se um ser mais pleno, livre , competente...eram obrigação primeira...Os tempos em que se deram as guerras mundiais, marcaram a vida dessas pessoas que tinham origem estrangeira por várias razões mas principalmente por terem ainda em seus lugares de origem muitas pessoas da familia a quem talvez não voltassem a encontrar jamais...Um dos tons mais fortes dessa identificação com o sofrimento da guerra, embora estando longe da europa de então, era os marcantes sacrifícios que se obrigavam a fazer para sobreviver.Restrições de todo tipo, desde os pães que se fazia em casa com uma farinha grosseira e pesada pois era a única que existia.
A idéia ao reportar esses fatos ligeiramente é mostrar que o valor da vida fica muito mais relativizado numa guerra e não podemos imaginar exatamente por não temos estado nem perto desse tempo; mas o empenho na formação de um tempo de Paz - ou de guerra não tão extremamente globalizada como o foram as duas grandes registradas, nas mentes e nos corações de gerações que as presenciaram, ou herdaram seus traumas, suas dores e memórias abomináveis...Uma geração nova, sem esses resquícios de horrorres, pode vir a existir daqui a alguns anos. Um pouco forçado dizer isso - como se não houvessem ainda grandes e diferentes pontos de conflitos exacerbados no nosso planeta...para onde muitas mães continuam deixando ir seus filhos sem que possam fazer nada...sonhar com um tempo de Paz... é tudo que uma mãe pode carregar no coração...     

Nenhum comentário:

Postar um comentário