sábado, 12 de maio de 2012

MAximo Gorki e sua obra mais fascinante para uma mãe

MÁXIMO GORKI  e sua obra mais fascinante para uma mãe-


Assim como Jorge, jornalista e blogueiro do Jornal de Notícias  Portugues,
a mim marcou profundamente a leitura da obra de Gorki- A mãe.
Quando o li , foi num exemplar de folhas de papel jornal - num tabloide inteiro por esse texto do qual não me lembro quase nada a não ser que fiquei maravilhada...e estarrecida.
Ontem queria escrever algo sobre essa figura de retórica - a mãe, e lembrei imediatamente dessa estória- de uma mãe que vai visitar seu filho , preso político ... cujos diálogos Gorki produz magistralmente ,sobre esses dois seres humanos com as suas liberdades cerceadas brutalmente...nos fazendo ver e ouvir tudo que sentiam mãe e filho naquela triste situação  por preferirem o lado dos que sofriam no cenário da Russia de então...
Não posso deixar de alegrar-me em encontrar ao menos um autor que tivesse feito a mesma busca recentemente como eu, no caso esse rapaz - Jorge, jornalista há quase trinta anos, que relata sem delongas -..."como  A mãe de Gorki " mudou a sua vida...em postagem do dia 5 de maio último no referido Jornal.
Vale a pena um reportarmo-nos ao autor em questão- Aleksei Maksimovich Peshkow (28.03.1868-18.06.1936) é preso em 1890 e em 1892 adota o pseudônimo de Maximo Górki. A complexa e brilhante trajetória desse homem merece que nos detenhamos em outros momentos e o faremos com certeza. 
Seu envolvimento político o leva a prisão muitas outras vezes e sua mãe falece em 1878; nove anos após, escreve e publica A mãe, em Capri, quando vivia na Italia por causa do clima diante de uma tuberculose que sofria. 
Pelagueia Nilovna era a mãe e Pavel Vlassov, o filho.
Num trecho que Jorge transcreve, o filho responde a pergunta da mãe sobre o que andava lendo...
...-"leio livros proibidos.Os livros são proibidos porque dizem a verdade sobre a nossa vida de operários .São impressos as escondidas e se os encontram aqui 
metem-me na prisão porque quero saber a verdade..."
Gorki teria dito - que :..."não é com sangue que se há de sufocar a razão";
 se disse ainda de que ele veio
"...para não estar de acordo"...!
Sua obra A mãe, foi considerada a:" primeira pedra da estética do realismo socialista" .
O depoimento de Jorge, nos cala fundo quando relata que leu a obra de Gorki  aos 15 anos, por empréstimo de nem sabia mais quem... que encontrara e comprara outro volume para si, mas que não conseguia abrir para reler, por um sentimento de temor em desiludir-se; em não sentir mais o que sentira anos atras...
Que tinha agora, na mesinha de cabeceira -"o magnífico Thriller de Daniel Silva (The perfect Spy) e dois guias de viagem - o DK de Florença e o Rongh Guide de Italia  " pois pretendia dar " uma volta na Toscana".
Gorki morre aos 68 anos consagrado como escritor. Fiquei assustada por não encontrar referencias mais alem dessa , sobre esse escritor monumental que pelo menos imortaliza a figura social de uma mãe, figura tão dizimada e vilependiada na história contemporânea, como se não pudesse valer mais alguma coisa pelo enorme esforço que faz em resistir bravamente ao ver um filho humilhado , indo para uma guerra dessas em que nem se sabe direito qual a razão última do embate...por isso reiteramos que sim sabemos das lutas do cotidiano que temos em nossos dias de hoje e reconhecemos a dificuldade de exercer a maternidade com mais presença e qualidade; mas sentimos que a melhor coisa para o coração de uma mãe
é ter para seus filhos um mundo de Paz...

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