sexta-feira, 11 de maio de 2012



Carta a minha mãe:


"...Maio de 1971.


                          Chuli querida:


A gente vive num mundo tão triste mas enfim é o nosso mundo.
Nada seria bom se a gente  não gostasse 
de quem gosta da gente.
Maminha sabe que eu não sou nenhum ideal de filha,
que sou resmungona, explosiva e indelicada;
mas será bom saber tambem 
que tão logo expludo ,
me apago.
Me arrependo e tenho vontade de falar
que não quero mais ser assim.
Sabe, eu nem sei quanto que eu tenho 
que não haja me sido dado pelo seu carinho,
pela sua dignidade, pela sua santidade.
Toda vez que eu penso em o que vai ser a minha vida
não concebo  que seja nada  sem a presença,
que não é só presença mas é benção divina!
Querida mãezinha, não leve em conta
só o que aqui encontrou escrito.
Tudo que eu penso da senhora de bom ,
tudo que eu gostaria de dar
não para retribuir tudo que eu tenho
mas porque a senhora merece mais...mais
muito mais!
sua filhinha ,


Nenê."

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