quarta-feira, 9 de maio de 2012

Migrar para fugir da pobreza?











                                    ..."migrar como a mais antiga ação contra a pobreza..."


...Uma constatação última de processos e movimentos de produção social de bem estar no conjunto das sociedades humanas que dialogam no espaço político
em que forças que demandam mais ou menos trabalho
desse ou daquele canto do mundo...compreender
a organização internacional do trabalho -pede estudos continuamente- mais que isso-: com a virtualização do acesso a informação , torna-se imperativo que esses estudos alem de ocorrerem cheguem com seus resultados ao alcance da população que estando no estrato imenso da pobreza- vai ao sabor dos interesses urgentes da produção econômica- quase sempre sem opção...
O que torna os Estados Unidos garantia de sobrevivência não será com certeza uma unanimidade - poder ser um migrante mais vivo lá que em seu lugar de origem, não significará que lá os naturais - são sofram a pobreza em escala talvez proporcionalmente idêntica- pois o sistema que exclui é o mesmo...
De que modo o Brasil vai enfrentar essa reconfiguração de forças aparente - vai  ser visto com o andar da carruagem... depende de nos decidirmos até certo ponto- que tipo de relações internacionais e internas ao nosso país queremos desenvolver... e para nós - não mais...; talvez para a próxima geração, com um pouco de sorte...senão para muito a frente ainda...
Com certeza o cerseamento da mobilidade espacial não é democrático porem, tomar decisões  sobre o uso  e ocupação do seu território e patrimônio cultural, tornou países que hoje vivem da industria limpa do turismo, por exemplo, lugares de renda interessante para os trabalhadores e com conquistas de desenvolvimento cultural notável...
Compreender quem pode determinar como uma cidade vai ser num longo prazo - é tarefa das gerações de agora, como o terá sido sempre... mas hoje com instrumentos muito mais ágeis, podemos nos poupar sofrimentos coletivos desnecessários  quem sabe!
Não se subtrai das injunções do jogo político nenhum dos segmentos sociais... no entanto... o que habita a esteira da pobreza está vulnerável aqui e em qualquer lugar que seja;...iludir-se de que será na aventura da migração que se salvará...pode ocultar sofrimento muito maior do que ficar e lutar em seu lugar de origem por tempos melhores ...mesmo sabendo- que ao olhar para traz, verá os que no inicio migraram , abriram picadas na mata, com calos nas mãos, ergueram suas moradias e economias...
No entanto um dote tiveram naqueles tempos, que foi decisivo para que tivessem começado um novo tempo- 
o acesso a terra.
Um lugar seguro , pode ser ponto de partida mas não só, não o único...mas é indispensável...ou vamos aplaudir para sempre as cápsulas de dormitórios do mundo asiático ,onde se recuperam, nos intervalos de almoço, os trabalhadores, como se mais nada pudessem desejar?
O espaço é concretamente limitado mas pode ser administrado, como tudo , a favor do homem e do conjunto dos bens naturais...estamos em processo- aprendendo- mas, concluindo mais aceleradamente nossas lições...podendo com vontade política e sensibilidade apurada das lideranças  atingir maiores contingentes com medidas humanitárias e de trabalho e renda...
Depende de nossas escolhas avançarmos mais... com responsabilidade com o= hoje difícil- que temos de enfrentar e com um amanhã mais avançado do que podemos imaginar solitariamente - pois o conjunto das iniciativas vai configurar esse novo mundo- melhor de viver, e nos instruirmos  em todas as horas é dever de ofício...




(cometário de Fatima Abrão ao texto de Liliane Arisi -" Mitos nacionais- Preconceitos culturais"
 in :Artigos , Cultura, economia, Política/Tags-globalização, Haiti, imigração- (05.05.2012) Cinco TI)



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