quinta-feira, 22 de março de 2012

Mais POTY LAZZAROTTO






                                     Mais um minuto de pesquisa e descobri um tantão de coisas sobre Poty que não sabia...como por exemplo que projetaram um memorial sobre sua obra ...


Que Poty sofreu em algum momento  perda de um braço -poderia não significar nada, mas me surpreendeu: - não poderia supor um desenhista como ele com um limite desses...e uma superação tamanha!


Agora dia 29 de março - comemora-se aniversário de Curitiba e tambem é data de nascimento do artista- 29 de março de 1924.Filho de imigrantes italianos, seu pai era ferroviário e sua mãe mantinha o restaurante conhecido como -"Vagão do Armistício", frequentado pelos intelectuais e políticos, de onde o Ilustre Manuel Ribas premiou-o com bolsa de estudos na Belas Artes do Rio de Janeiro...


Maravilhoso saber que ilustrou:-" Grande Sertão-Veredas",de Guimarães Rosa...estou com essa curiosidade e urgência em ver esse trabalho...Sua primeira experiencia em mural foi destruída -  reportava os estudantes ...era em homenagem a eles...


Dalton Trevisan teve obra sua ilustrada tambem por ele;seus azulejos seguem a fala das coisas da terra, como os colonos poloneses e italianos que serviam os bairros com verduras fresquinhas guiando suas carroças;...as casas de estilo em madeiras desenhadas nos beirais, dos imigrantes ; suas gravuras e litografias...


Nada ainda sem contar sua covivência com os índios do xingu- que o marcaria em sua obra para sempre- segundo ele mesmo admitiria , incursão que fez a convite dos  irmãos Vilas Boas...


Napoleon Potyguara Lazzarotto, iria falecer em 8 de maio de 1998, em Curitiba.




Que dizer de usa intensa criação sobre a história, costumes e realizações de seu povo e de seu país...senão que sua herança é forte legado de identidade e cidadania para sua terra e conterrâneos, como para todos que sabem apreciar e amar a arte...em todas as suas expressões...mas se num mural não ocorrer a democratização de uma obra,
onde mais?


Talvez, os tempos nos façam supor que os grafiteiros são conquistadores piratas de espaços urbanos privatizados em que as instâncias políticas e institucionais que os administram levam em conta critérios de várias ordens.Que suas linguagens vem visionariamente nos debruçarem sobre novos seres com as mesmas carências e dores, genialidades e originalidades, talentos desenvolvidos apesar de todas as injunções da sorte,mas que a ribalta não contempla com perenidade...
Talvez haja uma discussão que ser enfrentada- nesse atributo de"- efêmeros-" que  o artista e sua arte tem nesse contexto de vida contemporâneo...não apenas aqui, na terra da gente, mas em tantos outros lugares do mundo...

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