segunda-feira, 19 de março de 2012

MANDALAS

                                    


Sempre achei que sim- há beleza na simetria...esse trabalho de entalhe onde um artezão esculpiu elefante, macaco, coelho, flores, folhas...em perfeita simetria é impensável fora dos  meus limites de observadora...

Mas sempre- ou volta e meia, alguem se dedica as mandalas e usufrui segundo depoimentos que ouço- de uma profunda reflexão do quanto somos um no universo... 

Todos conectados ou não  conscientemente, temos a ver uns com os outros...e parte chata do caso - quando alguem de nós não dá bola pra essa ligação...e passa ao largo como se estivesse andando sózinho no mundo;ou quem sabe preferisse fazê-lo embora não seja possível...
                              Pode ser que seja um problema motor, emocional, psicológico, mas não consigo fazer origames, não enxergo as simetrias e não posso mudar isso nem que eu queira...

                              As torturantes diferenças - poderiam ser  assimetrias que se veem forçadas a se comportarem
nos limites de um espelho...o espaço que se tem é igual -portanto nada de ultrapassar esses limites e ir se espalhando... mesmo porque não sobra nada de lugar que não seja lugar...simétrico....qualquer tentativa de buscar mais espaço pode isto sim, tornar-se uma neurose, psicose, quando se agravar; e  enfim,algo difícil de tratar... sem esperança...!
                                Pode ser que os povos da India, e do oriente, tenham mais clareza sobre isso...não fez parte de nossa educação a observação do mundo nesse desenho e na verdade os desenhos que fazemos da vida
que vivemos - são ainda esboços do que fomos ou do que queremos editar...num sofrido e caótico turbilhão de sobreposições e enleios difíceis de separar por lâminas de bela e simétrica mandala...     





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