domingo, 4 de março de 2012

Regina







                          Reguina, em polonês, era assim chamada pelas pessoas da familia  e amigos do tempo de meus avós, que ainda conheci alguns poucos, que com eles conviveram.
Filha única, pai e mãe filhos de poloneses de ambos os lados como se diz, meus bisavos eram polones da Polonia , da Cracóvia...
Viveram na colônia Santa Bábara, no interior da cidade de Palmeira, adiante de Ponta Grossa; num tempo- acho eu, que o mesmo da Colonia Santa Cecilia dos anarquistas...


Toda forma de ser de minha mãe era genuinamente polonesa...na fala , ao carregar o erre para falar-: caroça, caro(automóvel) etc...Mãe dessas que advinha o pensamento de seus filhos - com chás perfumados de camomila que ela plantava , colhia, secava... 
Era Djevietski de mãe e Ribatski de pai. Teve uma irmã e um irmão que faleceram antes de dois anos de idade e então foi a filha única de Estefano e Verônica.Eles desgostosos de terem perdido os primeiros filhos quizeram mudar-se para a capital e deixaram então- primeiro ,o campo; depois. a cidadezinha onde tiveram um empório- tipo um depósito de produção do campo.


Durante alguns anos tiveram padaria- no centro de Curitiba, na rua Saldanha Marinho e tambem na frente da Praça Ozório.


Com seis anos de idade ela já dava seu show jogando xadrez no balcão da padaria com os clientes mais chegados...


Estudou no Colégio do Sagrada Familia, onde aprendeu a escrever e ler o polonês que já falava em casa com os pais ...




Alegre, extremamente -viçosa- olhos azuis acinzentados... pouco menos de metro e setenta... fazia vista...na sua juventude - essa foto mostra Regina provavelmente com 19 ou 220 anos , pouco antes de se casar com o migrante syrio, Mohamed Abrão, viúvo e que tinha um filho de dois anos e pouco...


Ele era mais baixinho que ela e teve que usar uma pequena cunha de madeira para a foto do casamento...


Fizeram a alegria da colonia árabe por dançarem a dança típica, nas festas de que participavam, quando ele ainda toca maravilhosamente flauta árabe...


Trabalhos de serviços de arrumação, e comércio... marcaram sua luta de sobreviventes cada qual com suas características incrivelmente destoantes...- ele era 21 anos mais velho do que ela, embora muito elegante , bem apessoado fizesse bonito par.


Ele faleceu em 1983.Ela, em 2008. Tiveram mais dois filhos dos quais uma  menina velhusca hoje em dia lhes contando essa história, aos 57  de idade.



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